domingo, 27 de maio de 2018















FORTE DAS CINCO PONTAS
(RECIFE-PE)
(Matéria Turística n°14)









          Muitos não sabem, mas o nome completo do forte é: Forte São Tiago das Cinco Pontas, localizado no bairro de São José em Recife, foi a última construção dos holandeses na nossa cidade. Edificado no ano de 1630, pelos flamengos, a ordem partiu do príncipe de Orange, Frederico Henrique.

     Originalmente o forte foi erguido em taipa, em um terreno elevado, o mesmo dominava por completo o Porto dom Recife, ficava localizado em uma área muito próxima as cacimbas de água potável, pertencentes ao senhor de engenho Ambrósio Machado, engenho este na ilha de Antônio Vaz. Pela proximidade das cacimbas o forte também era chamado de "Forte das Cacimbas de Ambrósio Machado" e de "Forte das Cinco Pontas".

     As cacimbas eram de vital importância para abastecimento de água do Recife, bem como o forte servia para que navios inimigos não navegassem pelo rio Capibaribe e pudesse alcançar a Barreta do Afogados, uma passagem natural entre os arrecifes, de onde poderia ser levado cargas de açúcar sem serem incomodados.

     Com a chegada do Conde João Maurício de Nassau-Siege em Recife, os holandeses constroem um canal de 30 metros de largura, partindo do forte indo até onde hoje se encontra a igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Em 1637 as muralhas e a profundidade do fosso foram aumentadas com a reforma.

     Por volta do século XVII, João Fernandes Vieira consegue destruir a fortaleza, a mesma é dominada pelo comandante André Vital de Negreiros e o general Francisco Barreto de Menezes, estavam a frente das tropas luso-brasileiras. Os holandeses se rendem na Campina do Taborda, onde hoje fica o Cabanga Iate Clube.

     Sabendo da importância do Forte das Cinco Pontas, Fernandes Vieira ordena sua reconstrução em 1677, utilizando um material mais resistente na construção em vez da taipa(usada pelos holandeses), as obras terminaram em 1684. Foi durante sua restauração que um dos baluartes(pontas) não teve sua reconstrução realizada, o forte adquiri sua forma atual com apenas quatro pontas(quadrangular). Porém continuou a ser chamado de Forte das Cinco Pontas.

     Em 1746 o forte tinha a seguinte descrição: " Um quadrado com quatro baluartes, com fossos e estrada coberta e montava 8 peças de bronze de calibre 6 a 14, 8 de ferro de calibre 6 a 30, e 6 peças de bronze de calibre 1 e 2, era comandada por um capitão, possuía um destacamento de fuzileiros e artilheiros, com um sargento e um condestável(chefe dos artilheiros nas fortificações e praças de guerra)".

     A existência de uma capela em seu interior dedicada a São Tiago Maior, leva a seu atual nome "Forte de São Tiago das Cinco Pontas".

Em 1817 o local passa a abrigar o Quartel General Militar, em seus subterrâneos o forte possuía a sua prisão, que fora destruída em 1822 por ordem de Gervásio Pires Ferreira, que regia a junta do Governo Provisório de Pernambuco, um de seus presos mais ilustre foi o escritor e romancista Graciliano Ramos, em seu livro "Memórias do Cárcere" ele descreve o Forte das Cinco Pontas como um quartel.

     O Forte das Cinco Pontas tem uma entrada belíssima, seu portão é feito em madeira de lei e as demais portas e janelas do mesmo material, possui um pátio interno, várias celas com grade, um túnel para fuga em caso de invasão do forte.
     O museu possui em seu acervo, fotografias antigas do Recife, coleção de gravuras, portas que foram  utilizadas na igreja dos Martírios, peças arqueológicas encontradas no próprio forte, louças portuguesas, barra de ouro(1645) com sinete da Companhia das Índias Ocidentais, e uma chave simbólica em ouro e prata que foi entregue a Dom Pedro II em sua visitação ao Recife em 1859.

     O Museu fica aberto de terça-feira à domingo no horário das 9 às 17h. Fone: 3355-9543/3107/9544.
  







 



    (Foto n° 01) Créditos: O Marco Ambiental
   VISTA DO SETOR SUL DO FORTE.












                                 

                                          (Vídeo n°01) Créditos: O Marco Ambiental

                                    
                              Os Navios Singrando para Atracar no Porto do Recife.















     (Foto n°02) Créditos: O Marco Ambiental
    MURALHA DE PROTEÇÃO DO FOSSO, PARA IMPEDIR A APROXIMAÇÃO DOS INVASORES.





















                                    (Vídeo n°02) Créditos: O Marco Ambiental    
                                       
                                       VISTA da ÁREA do EDIFÍCIO do CORPO da GUARDA.













    (Foto n°03) Créditos: O Marco Ambiental

 TÚNEL DE ACESSO PARA ÁREA EXTERNA DO FORTE, UMA PASSAGEM PARA FUGA EM CASO DE INVASÃO DO FORTE PELOS INIMIGOS.













                                     (VÍDEO n°03) Crédito:O Marco Ambiental 
                                          VISTA PANORÂMICA do FORTE.













    (Foto n°04) Créditos: O Marco Ambiental
   ARTILHARIA DE CANHÕES DO SETOR NORDESTE DO FORTE.

















    (Foto: n°05) Créditos: O Marco Ambiental


  ENTRADA PRINCIPAL DO FORTE DAS CINCO PONTAS.













    (Foto n°06) Créditos: O Marco Ambiental


VEMOS UM BELO PATIO INTERNO DA EDIFICAÇÃO.













    (Foto n°07) Créditos: O Marco Ambiental


ESCADARIA DE ACESSO AO SETOR NOROESTE DA FORTIFICAÇÃO.












    (Foto n°08) Créditos: O Marco Ambiental

  MAPA COM TRAÇADO ORIGINAL DO FORTE E SEUS ANEXOS.













    (Foto n°09) Créditos:O Marco Ambiental


  MODELO ARQUITETÔNICO DO FORTE DAS CINCO PONTAS.














   (Fotos n°10) Créditos: O Marco Ambiental

   PEÇAS ANTIGAS, CHAVES, MOEDAS, FERRADURAS, PREGOS, FERROLHOS E MUITAS OUTRAS.















    (Foto n°11) Créditos: O Marco Ambiental


    PROJÉTEIS DE MOSQUETE.











    (Foto n°12) Créditos: O Marco Ambiental

  LOUÇAS CERÂMICAS PORTUGUESAS ENCONTRADAS NO FORTE.


















    (Foto n°13) Créditos: O Marco Ambiental

  PEÇAS CERÂMICAS E CACHIMBOS DA ÉPOCA DOS HOLANDESES.


















   (Foto n°14) Créditos: O Marco Ambiental


   EDIFÍCIO DO CORPO DA GUARDA, ACIMA DO PORTÃO DE ENTRADA.








   (Foto nº 15) Créditos: O Marco Ambiental
   Nº 14: Projéteis de Arcabuz; usados pela Infantaria. Nº 16: Projéteis de Canhão.