sábado, 22 de junho de 2013


DESASTRES  NATURAIS


 DESLIZAMENTO DE ENCOSTA
( Reportagem nº 01)





     O deslizamento é um fenômeno natural que se desloca com movimentos de massa de solos; rochas e detritos, encosta abaixo ou como dizem morro abaixo.Tudo isso tem origem na inclinação dos terrenos e pela ação da gravidade, o deslizamento ocorre devido a ação constante do intemperismo e dos processos erosivos. Pode também ocorrer pela ação do homem, que interfere no relevo modificando as condições naturais de equilíbrio existentes no local(terreno), portanto o desequilíbrio ocorre no meio natural bem como no meio artificial, geralmente são cortes e aterros ligados a obras de engenharia. Temos também o caso dos lixões que são jogados nas encostas, o deslizamento acontece pela acomodação dos entulhos e pela ação das chuvas.

     Existem áreas com maior probabilidade de ocorrência de  deslizamentos, entre elas temos : as cidades localizadas em regiões serranas e áreas com grande desenvolvimento urbano, esses são os dois principais fatores de deslizamentos. Obras de engenharia de grande porte, como as rodovias, ferrovias, metrô, barragens, linhas de transmissão, hidrelétricas e outras, favorecem à ocorrência do deslizamento.

     No Brasil temos 4(quatro) tipos de deslizamentos que são mais frequentes, são eles: escorregamentos, rastejos, quedas e corridas.

     Os Rastejos:

     São originados por movimentos lentos e graduados, que atingem principalmente o solo e a transição entre solo e rocha subjacente. Podem também atingir as rochas alteradas e fraturadas, bem como depósitos de detríticos em regiões de talvegue e sopé das encostas. Como indicativo do processo de rastejo devemos observar: trincas em paredes, muros ou estruturas embarrigadas, árvores inclinadas e degraus de abatimento nas encostas.


    Os Escorregamentos:

     Têm origem em movimentos com velocidade média a rápida, chegando a atingir o solo e também as rochas, com deslocamento através de planos ou superfícies bem definidas. Esses planos são definidos pela estrutura dos solos e formação das rochas, como xistosidade, foliação, juntas, fraturas e outros.
     Os escorregamentos são classificados em planares; circulares e cunhas, levando-se em conta a geometria e a dinâmica de movimentação.


     As Quedas:

     São movimentos atrelados a materiais rochosos, que se desenvolvem com geometria variável e em velocidades geralmente altas. Sabemos que as quedas, desplacamentos e tombamentos são processos que acontecem em áreas com exposição de rochas, geralmente em cortes de maciços rochosos próximos as rodovias ou em lavra de mineração, bem como em paredões rochosos.
     Já o rolamento de blocos(matacões), ocorrem quando são feitos cortes ou surgem processos erosivos nas encostas, ocasionando a remoção do seu apoio, levando a uma situação inicial de perda do equilíbrio, gerando(proporcionando) um grande potencial para seu rolamento vertente abaixo.


     As Corridas:

     Têm origem em movimentos de massa de solos e rochas, porém em grandes volumes e com grandes proporções, tendo um extenso raio de alcance e elevado poder de destruição.
     São acontecimentos associados a drenagens, possuindo velocidades de média a alta, seu comportamento e como fluxo de liquido viscoso. Através do processo de deslocamento chegam a atingir as casas e as estruturas de engenharia, causando a sua destruição e incorporando todo esse material à sua massa em deslocamento. 

 


     (Foto nº 01) Créditos: Portal G1




Deslizamento de encosta, próximo a uma rodovia.

















(Foto nº 02) Créditos: Geologo.com

Deslizamento em Angra dos Reis, tragédia da Pousada Sankay(em 2009).
                           





(Foto nº 03) Créditos: O Globo (leitora Naiana Carvalho) 
Deslizamento de encosta, próximo ao viaduto Jardel Filho, em Laranjeiras-RJ.                                                    

sábado, 15 de junho de 2013



ÁREAS VERDES nas GRANDES CIDADES
(Green Areas in the Big Cities)




SÍTIO da TRINDADE-RECIFE
(Matéria(#07)


     O Sítio da Trindade localizado no bairro de Casa Amarela, além de ter uma esplêndida área verde, possui um valor histórico muito grande para a cidade do Recife, por que não dizer para o estado de Pernambuco. Durante o período da invasão holandesa (1630-1654), foi construído naquela área um forte, chamado de Forte Arraial do Bom Jesus, também conhecido como Arraial Velho, o mesmo foi erigido em taipa de pilão pelo general Matias de Albuquerque, entre 1630-1635.

     O Forte ficava localizado em um terreno elevado, tendo uma boa visão do inimigo holandês, porém sofreu inúmeros ataques(bombardeios), chegando a cair em 1635.
     Com o aparecimento do Arraial Velho, o seu crescimento foi ocorrendo paulatinamente, o exército instalou seu acampamento na área e uma população de cerca de 1.000 pessoas, vindas de Olinda se fixaram na região. Entre os moradores havia vários religiosos da ordem dos Franciscanos, no local ergueram um oratório, onde celebravam missas e outros ritos religiosos, também muitos comerciantes se instalaram próximo a povoação.


     O Arraial Velho era um lugar estratégico para impedir a penetração dos holandeses em direção ao interior, onde havia os engenhos e as plantações de cana-de-açúcar, que na época era a maior riqueza da Capitania de Pernambuco.
     Como a população no local não parava de crescer, pois mais pessoas vinham para o Arraial Velho, logo a escassez de alimentos atingiu a todos, havia grande dificuldade de trazer alimentos para o Arraial.

     Os aproveitadores(especuladores) elevaram os preços de todos os alimentos, levando os soldados a consumirem apenas uma porção de arroz, uma espiga de milho, um pouco de farinha de mandioca por dia. Segundo historiadores o capitão André Marim deu ordens para enforcar alguns comerciantes que de fato estavam tirando proveito da situação para auferir lucros vultosos. Devido a vários ataques sofridos, falta de alimentos e até de armamentos, o Forte não resistiu e foi tomado em 1635.

   Após a destruição do Arraial, moradores antigos retornaram ao local e reconstruíram suas casas, entretanto com passar do tempo as terras foram divididas em vários sítios e propriedades, foram surgindo novas ruas e estradas, bem como novos comerciantes chegaram ao local.

     Um novo forte foi construído nas imediações da Madalena, foi denominado de Forte Real do Bom Jesus, porém muitos passaram a chamá-lo de Arraial Novo para diferenciar do antigo, esse Arraial foi fortaleza dos restauradores de 1646 a 1654, ainda pode-se ver suas ruínas na Avenida do Forte em Torrões.

     Por fim, as terras do Arraial Velho foram adquiridas pela família Trindade Paretti. Dai a denominação de Sítio da Trindade. Há um chalê com 600m² de área construída, em terreno de 6,5 hectares de área verde.
     Existe um obelisco de granito, com 2 metros de altura, um marco comemorativo que foi inaugurado em 30 de Janeiro de 1922. Com esses dizeres:


     " Aqui existiu o Forte Arraial do Bom Jesus(Arraial Velho) 1630-1635, Instituto Archeologico, 1922. "
     

     O Sítio da Trindade foi desapropriado e declarado como um bem de utilidade pública em 1952, no dia 17 de Junho de 1974 a área do Sítio  foi classificada como " Conjunto Paisagístico" e tombado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pela sua importância histórica-social.










(Foto nº 01) Créditos: O Marco Ambiental




Centro de Difusão Cultural, localizado no Sítio da Trindade.












(Foto nº 02) Créditos: O Marco Ambiental


Portão de Entrada Principal.


















(Foto nº 03) Créditos: O Marco Ambiental






Marco indicativo do Sítio da Trindade



















(Foto nº 04) Créditos: O Marco Ambiental












Amplo pátio interno na entrada principal.












(Foto nº 05) Créditos: O Marco Ambiental




Antigo Casarão bem conservado.











(Foto nº 06) Créditos: O Marco Ambiental





Pista de Patinação.












(Foto nº 07) Créditos: O Marco Ambiental














Vista Lateral Esquerda do Casarão.






 
   (Foto nº 08) Créditos : O Marco Ambiental






Vista Lateral Direita.
















(Foto nº 09) Créditos: O Marco Ambiental




Parte de trás do Casarão.


















(Foto nº 10) Créditos: O Marco Ambiental












Área da Academia da Cidade.






(Foto nº 11) Créditos: O Marco Ambiental







Alguns dos Aparelhos da Academia.











(Foto nº 12) Créditos: O Marco Ambiental
Pista de Cooper.








(Foto nº 13) Créditos: O Marco Ambiental



Faixa Amarela para Corridas, outra maior para caminhadas.











(Foto nº 14) Créditos: O Marco Ambiental


Área bem arborizada e conservada.















(Foto nº 15) Créditos: O Marco Ambiental
Existem belos recantos para um bom descanso.










(Foto nº 16) Créditos: O Marco Ambiental                            




Obelisco histórico indicando que existiu aqui o Forte Real do Bom Jesus(Arraial Velho).







(Foto nº 17) Créditos: O Marco Ambiental                                                                      




Placa indicativa do Forte pelo Instituto Arqueológico em 1922.

















(Foto nº 18) Créditos: O Marco Ambiental












Frutos de uma frondosa Jaqueira.













(Foto nº 19) Créditos: O Marco Ambiental

Jardins bem cuidados.












(Foto nº 20) Créditos: O Marco Ambiental





Jardins bem cuidados II
















(Foto nº 21) Créditos: O Marco Ambiental              


Vista lateral esquerda do Casarão.
















(Foto nº 22) Créditos: O Marco Ambiental




Sítio da Trindade possui ampla pista de cooper.






(Foto nº 23) Créditos: O Marco Ambiental                                                           



Anfi-Teatro para apresentações culturais

da região.











(Foto nº 24) Créditos: O Marco Ambiental                                   




Ruínas da fundação do antigo Forte do Arraial.



(Foto nº 25) Créditos: O Marco Ambiental











Ruínas da fundação do antigo Forte do Arraial, sobre outro ângulo.
















































































































sábado, 8 de junho de 2013


UTILIZAÇÃO das PLANTAS AQUÁTICAS
 no TRATAMENTO de ÁGUA




      O uso de plantas aquáticas, têm sido muito utilizada(empregada) para o tratamento de efluentes e águas residuárias, visando especialmente à redução das concentrações de Nitrogênio e Fósforo.
    Elas são consideradas como "agente purificador" por terem uma boa absorção de nutrientes e também um rápido crescimento, podendo ser utilizadas plantas que depois sirvam de alimentos para animais e até mesmo a população.

     De acordo com as características de cada planta e do sistema de lagoa que se quer utilizar, poderemos obter vários sistemas de lagoas para aplicação das macrófitas.

     Macrófita aquática flutuante, enraizadas ou livres, são plantas que têm seus tecidos fotossintéticos flutuantes e com raízes longas. Tudo depende da profundidade do meio a ser tratado, como exemplo temos a espécie "Eichhórnia crassipes" conhecida como aguapé.

      Macrófita aquática submersa, essas plantas possuem os seus tecidos fotossintéticos completamente imersos, como exemplos temos as espécies "Elodea canadensis", "Elodea nuttallii" e tantas outras.

     Macrófita aquática emergente, temos três tipos de sistema para colocarmos em uso, o sistema de tratamento com macrófita emergente de fluxo superficial, de fluxo sub-superficial horizontal(translação), de fluxo sub-superficial vertical(percolação).
     Sabemos que todas as macrófitas têm uma importante eficiência na remoção de substâncias dissolvidas, incorporando-as e assimilando-as à sua biomassa.

     A espécie "Eichhórnia crassipes"  o aguapé, é a mais usada para tratamento de água, muitos a consideram uma praga, porém outros veem como um agente despoluidor.
     Quando a planta cresce de forma descontrolada e sem um manejo adequado, transforma-se num problema ambiental, mas quando é usada utilizando-se das técnicas corretas, ela passa a atuar como agente despoluidor.

     O aguapé tem um sistema radicular que funciona como filtro mecânico que retém material particulado, orgânico e mineral, presentes na água, criando um ambiente rico em bactérias e fungos, tornando-se um agente despoluidor. O aguapé reduz a DBO(Demanda Bioquímica de Oxigênio) a taxa de coliformes e a turbidez das águas.

      Os poluentes são removidos de uma lagoa com aguapé através de vários mecanismos físicos, químicos e biológicos. A sedimentação que ocorre numa lagoa faz parte do tratamento da mesma, a filtração dos sólidos suspensos pelas raízes do aguapé, tem um importante papel para limpeza da lagoa, as raízes não devem se fixar ao fundo da lagoa, facilitando o fluxo que é filtrado através da zona radicular.

     O aguapé tem a capacidade de retirar metais pesados, fenóis e outras substâncias. Podemos utilizar plantas aquáticas para depuração de efluentes contendo herbicidas, em relação ao cianeto estudos indicam que pode ser usado plantas aquáticas para tratar esse efluente, porém com ressalvas, pois não há ainda comprovação da sua eficácia em termos técnicos e/ou científicos. 



    
    
    
(Foto nº 01) Créditos: waterland management ltd








Elodea canadensis.
































(Foto nº 02) Créditos: waterland management ltd                   




    Elodea nuttallii                                







(Foto nº 03) Créditos: waterland management ltd                                                     
Juncus articulatos