sábado, 27 de julho de 2013


ÁREAS VERDES NAS GRANDES CIDADES
( Green Areas in the Big Cities)



LAGOA DA PARANGABA
(FORTALEZA-CE)
(Matéria nº (#08)




     A região onde hoje temos o bairro da Parangaba se confunde com a história da paróquia de Bom Jesus dos Aflitos. Por volta de 1607 jesuítas oriundos de Pernambuco, entre eles tivemos os jesuítas Francisco Pinto e Luiz Filgueiras, os quais fundaram pequenas aldeias as mais relevantes em termos de crescimento foram: Caucaia; Messejana e Porangaba(antigo nome). Em 1609 foi construída uma capela na Aldeia de Porangaba, que era para guardar os ossos do Padre jesuíta Francisco Pinto, que foi morto barbaramente pelos índios Tucurijus. Essa capela deu origem a Igreja da Matriz de Bom Jesus dos Aflitos.  

     Em 1759 a aldeia de Porangaba passa a ser chamada de Vila de Arronches, posteriormente recebe o nome de "Parangaba" que é uma palavra indígena que significa "bela lagoa".
     Permaneceu  na condição de vila até 1835, quando passa a ser um distrito de Fortaleza, porém em 31 de outubro de 1921 torna-se um bairro da cidade de Fortaleza, portanto este ano comemora-se os seus 92anos de sua criação.

     Uma das manifestações culturais mais antigas do estado do Ceará e realizada na Parangaba, é a "Festa da Coroa de Bom Jesus dos Aflitos" antiga "Festa dos Caboclos". A festa hoje ocorre entre os meses de Setembro a Janeiro, percorrendo diversas capelas da região até voltar a igreja Matriz.

     O bairro de Parangaba tem uma população de pouco mais de 30 mil habitantes(censo do IBGE), seu crescimento urbano veio de forma não planejada, com ele uma série de problemas para a lagoa da Parangaba. A lagoa que nos bons tempos servia para os moradores como local de lazer e abastecimento de água para as casas, hoje temos os seguintes problemas:

* A lagoa tem suas águas constantemente poluídas pelos esgotos que são lançados na mesma;

* Presença de plantas aquáticas, os aguapés;

* Lixo jogado no entorno da lagoa;

* Construções de casas e até pontos comerciais próximos e com alguns deles dentro da área de influência da lagoa;

* Falta de arborização ao redor da lagoa;

* Equipamentos de infra-estrutura danificados, como praça, calçamento, quadra esportiva e uma feira totalmente desorganizada, trazendo mais sujeira à própria lagoa.


     A lagoa da Parangaba possui um potencial turístico muito grande, entretanto não vem sendo observado pelo poder público com mais carinho e atenção, toda essa potencialidade poderia reverter em benefícios para a comunidade local, poderíamos desenvolver várias atividades na área que descreveremos a seguir:

* Poderia ser criada a atividade de "pesque e pague" num istmo já existente no local, onde seria treinado moradores que pescam na lagoa, para tomarem conta(administrar) o projeto com apoio do governo;

* Delimitar uma determinada área da lagoa para utilização de "pedalinhos", onde a população e os turistas teriam um agradável passeio dentro do lago, mais uma vez seria treinado moradores da região para tomarem conta deste projeto com supervisão da prefeitura;

* Construção de um campo de futebol em uma das margens, com iluminação para prática noturna;

* Criação de pista de Cooper para o lazer e saúde das pessoas, com contratação de profissionais de Educação Física, bem como estagiários, para uma correta orientação; seria uma espécie de Academia da Cidade;

* Verificar a possibilidade de realizar competições náuticas com a autoridade marítima local, como exemplo uma competição entre jetski, onde todos os pilotos deveram ter uma autorização para participar das provas (habilitação).

     Parte do recurso arrecadado com essas atividades seria para melhorar a vida dos moradores que trabalhassem nos projetos, a outra parte iria para a preservação da Lagoa da Parangaba.  

     Devemos lembrar que quase todas essas atividades na lagoa, para que efetivamente ocorram, será necessário um projeto de saneamento básico em todo o bairro da Parangaba, e não apenas nas proximidades da lagoa.








(Foto nº 01) Créditos: Google.map
















Foto Aérea da Lagoa da Parangaba











(Foto nº 02) Créditos: O Marco Ambiental
















Vista da lagoa na parte superior da via de acesso.






(Foto nº 03) Créditos: O Marco Ambiental



Presença das garças em grande número.












(Foto nº 04) Créditos: O Marco Ambiental











A Lagoa da Parangaba tem grande potencial turístico.





(Foto nº 05) Créditos: O Marco Ambiental




Falta arborização entorno da área da lagoa.










(Foto nº 06) Créditos: O Marco Ambiental

 
Observa-se um tímido início de replantio de árvores, no caso uma área de coqueiral. Av. José Bastos.











(Foto nº 07) Créditos: O Marco Ambiental











A lagoa possui um espelho d'água de boa dimensão, para utilização de pedalinhos pelos visitantes.








(Foto nº 08) Créditos: O Marco Ambiental
                                                                              



Verificamos a invasão de áreas ao redor da lagoa pelo comércio e residências.









(Foto nº 09) Créditos: O Marco Ambiental


Vemos um extravasor improvisado para retirar excesso de água  da lagoa, porque a mesma recebe todo o esgoto da região. Av. Carneiro de Mendonça.









(Foto nº 10) Créditos: O Marco Ambiental











A lagoa tem um Istmo que poderia ser usado para prática do "pesque e pague", próximo a Rua Joaquim Moreira.







(Foto nº 11) Créditos: O Marco Ambiental


Poderia existir aqui de fato um minicampo de futebol, com iluminação, bancos e arquibancadas.










(Foto nº 12) Créditos: O Marco Ambiental

No outro lado da lagoa, poderia ser usado para prática do futebol de areia, precisando de bancos para jogadores e uma pequena arquibancada para o público.







(Foto nº 13) Créditos: O Marco Ambiental



Quadra esportiva necessitando de reforma.










(Foto nº 14) Créditos: O Marco Ambiental











Havia vários pescadores, moradores dos bairros próximos, sinal de que há peixe no lago(Falta tratar os esgotos para termos uma maior variedade e quantidade).




(Foto nº 15) Créditos: O Marco Ambiental


Pequenas áreas entorno do lago foram urbanizadas.












(Foto nº 16) Créditos: O Marco Ambiental















Bonita praça próxima ao lago, situada entre a Av. Gen. Osório de Paiva e Rua Prof. Gomes Brasil.





(Foto nº 17) Créditos: O Marco Ambiental



Jardins bem cuidados com vários bancos para um descanso.











(Foto nº 18) Créditos: O Marco Ambiental



Um mirante para observação e palco para apresentações culturais.










(Foto nº 19) Créditos: O Marco Ambiental











Um belo corredor com palmeiras.





(Foto nº 20) Créditos : O Marco Ambiental





Rampa de acesso à parte superior da praça.












(Foto nº 21) Créditos: O Marco Ambiental











Uma vista mais ampla desta linda praça.






(Foto nº 22) Créditos: O Marco Ambiental


Esta praça nos mostra o descaso do poder público, fica apenas uns 100m da outra belíssima praça referida acima.








(Foto nº 23) Créditos: O Marco Ambiental



Praça mal conservada com os equipamentos destruídos.









(Foto n º 24) Créditos: O Marco Ambiental












O governo do estado do Ceará e a prefeitura de Fortaleza, precisam investir na Lagoa da Parangaba, um recanto bonito, mas pouco aproveitado pelos moradores da cidade e turistas. Como mostra nesta foto, uma das muitas áreas sem nenhuma utilidade.




sábado, 20 de julho de 2013



DESASTRES NATURAIS



ENCHENTE e INUNDAÇÃO
(Reportagem nº 02)



     A enchente que é um fenômeno natural, Tanto ocorre nas cidades como também nos campos. Ela acontece devido a elevação dos níveis de um curso de água, sendo este um córrego, arroio, riacho, bem como os grandes rios, chegando até ao transbordamento deles, ou seja, causando inundação.


     Todos os rios, não importando seu porte, sejam eles de grande, médio ou pequeno, possui uma área natural de inundação, fenômeno que ocorre pelo menos uma vez ao ano.
     Essa área inundada tinha grande importância para à agricultura, pois quando as águas baixavam, voltando ao seu leito natural, deixavam um material muito rico em nutrientes nas regiões de várzea, os chamados solos de aluvião.

     Nos dias de hoje, essas inundações passaram a ser um problema social e econômico, devido a ocupação desenfreada das regiões ribeirinhas pelas famílias de baixa renda,trazendo sempre que acontece uma inundação um processo catastrófico, com destruição de casas e até perdas de vidas humanas.
     Por falta de uma política urbana mais séria dos nossos governantes, essas tragédias infelizmente continuam existindo.

     Sabemos que enchente e cheia são sinônimos, porém entre enchente e inundação existe uma distinção conceitual. A diferença principal é que enchente é um fenômeno natural que ocorre em períodos cíclicos, as inundações são decorrentes de alterações no uso do solo e geralmente trazem danos de grandes proporções.

     A elevação do nível de água está diretamente atrelada a uma seção de escoamento fluvial. Tudo depende das condições físicas do curso de água, como o material do leito e das margens do rio e da declividade do canal.
     Uma seção transversal de um curso de água tem duas divisões, o canal principal e o canal secundário. Temos no canal principal um escoamento de água constante, entretanto o canal secundário tem escoamento em intervalos de tempo, essas características são pertencentes a rios perenes. Já em rios denominados de intermitentes, o escoamento de água no canal principal ocorre  num período de tempo e em outro há ausência de escoamento de água, ou seja o rio seca.
    
     Quando a inundação ocorre existe um extravasamento de água pela parte superior da seção do leito do rio. As enxurradas ocorrem após as chuvas com alta intensidade, geralmente em bacias hidrográficas com elevada declividade, baixa capacidade de retenção, podendo ter também uma elevada geração de escoamento superficial, provocando grandes destruições e erosão das margens dos rios.
     Nas grandes bacias as enchentes caracterizam-se pela subida da água de foma lenta e gradual, com extravasamento do canal principal, essa subida é de fácil detecção, podendo ser prevista com algumas horas ou até mesmo em dias esse avanço das águas.




(Foto nº 01) Créditos: Portal G1













Foto aérea de inundação, estado de Queensland -Austrália, chuvas causadas pelo ciclone Ellie afetaram 2.900 casas.




(Foto nº 02) Créditos: folha.uol.com
 Antes o leito natural do rio, e após a intervenção humana.



sábado, 13 de julho de 2013



BIOMAS BRASILEIROS
(Brasilians Biomes)



CAMPOS DO SUL
(Reportagem nº 05)



     Este bioma é localizado basicamente no Rio Grande do Sul, porém entre os estados de Santa Catarina e o próprio Rio Grande do Sul existem os campos formados por gramíneas e leguminosas, formando um imenso tapete verde, que abrange uma área superior a 200.000 Km². Entretanto nas encostas onde as chuvas ocorrem o ano todo, favorecem o aparecimento de árvores de porte maior.


     Na região que chamamos de pampa, também há os Campos do Sul, uma área plana de vegetação e porte pequeno, porém se estende do Rio Grande do Sul aos países da Argentina e Uruguai. São regiões planas, com gramíneas e outras espécies de plantas que surgem de forma escassa, em direção ao litoral do Rio Grande do Sul, a paisagem já se modifica, nos apresenta uma região de banhados, um ecossistema de alagados com densa vegetação de gravatás, juncos e aguapés. Encontramos uma grande variedade de animais como: marrecos, veados, garças, onças-pintadas, capivaras, jararaca-do-banhado, surubim, lambari listrado, quero-quero e tantos outros.
     No banhado mais conhecido que é o banhado do Taim, devido à fertilidade do seu solo, ocorreu um grande equívoco na região, para que a área fosse utilizada pela agricultura, as lagunas foram sendo drenadas desordenadamente, quando a área foi transformada em estação ecológica a drenagem no local foi proibida( Em 1998 foi criada a Estação Ecológica do Taim), mas algumas pessoas ainda insistem em drenar o banhado clandestinamente para utilizá-lo na expansão agrícola.


     As áreas cultivadas do Sul cresceram rapidamente, devido à riqueza do solo(fertilidade), na região se produz trigo, milho, arroz e soja, muitas vezes em conjunto com criação de gado, porém o manejo errado do solo levou a degradação de várias áreas, inclusive em algumas a sinais de desertificação.


     Por motivo da expansão agrícola a floresta de Araucária(Pinheiro do Paraná), vem desaparecendo assustadoramente, também a industria madeireira por explorar indiscriminadamente as árvores dessa região, teve uma grande contribuição para a quase extinção de uma espécie de vegetal, hoje apenas 2% da cobertura original de Mata das Araucárias ainda resistem, por estarem em áreas de preservação ambiental.


     Na época das estiagens os rebanhos bovinos e ovinos continuam levando pressão ao solo, pela procura de locais que ainda tenham vegetação para sua alimentação, ocasionando depressão e erosão do solo. Sempre deve ser levado em conta que a melhor técnica empregada vária de região para região, com esses cuidados os erros de projeto serão evitados futuramente e o Meio Ambiente será preservado.




( Foto nº 01) Créditos: portalsaofrancisco.com.br                                                                                                             
















Mapa da região dos pampas.






( Foto nº 02) Créditos : professormarcianodantas.blogspot.com


Um vasto Campo Sulino.










(Foto nº 03) Créditos: culturamix.com


Toda a beleza dos pampas.

sábado, 6 de julho de 2013

REDUÇÃO-REUTILIZAÇÃO-RECICLAGEM



REDUÇÃO-REUTILIZAÇÃO-RECICLAGEM


     Todos nós devemos ter em mente que: Ou mudamos consideravelmente os nossos atuais hábitos de consumo, ou cada vez mais iremos aumentar o nível de pressão que estamos exercendo na natureza, entenda-se no Meio Ambiente. O fim todos sabemos, que será o esgotamento dos recursos naturais existentes.
     Temos a questão importantíssima da água, onde ainda hoje há pessoas que não acreditam que irá faltar água no mundo, e agem com a maior tranquilidade desperdiçando água lavando as calçadas em vez de varrer normalmente ou molhando a rua para abaixar a poeira, achando que o problema estará resolvido, esquecendo-se que em pouco tempo estará a rua novamente seca, mas o desperdício de água esse sim, não terá mais como voltar. Por isso a escolha do tema " Os 3R's " reduzir, reutilizar e reciclar, para esta nova sequência de matéria.


     Reduzir

     Temos que aprender rapidamente a reduzir a quantidade de resíduos sólidos que geramos. Isso não quer dizer que precisamos diminuir nosso padrão de vida, apenas teremos que reorganizar os materiais que são usados ao longo do dia.
     Uma forma bem simples para reduzirmos o volume de resíduos sólidos que produzimos é controlando o desperdício de alimentos e produtos consumidos(economizando nosso dinheiro). Com a redução teremos uma diminuição das despesas(custos de operação) das empresas de limpeza pública, bem como uma maior preservação dos recursos naturais. Com redução do consumo exagerado, também haverá diminuição nos custos para tratamento dos resíduos sólidos pelo governo,  uma economia onde poderá ser realocadas as verbas para outras áreas como saúde, educação etc.


     Reutilizar

     A reutilização de materiais também trás benefícios para a natureza, aquele material que você tirou fotocópia e não tem mais interesse, pode virar um bloco para rascunho de grande utilidade (escrevendo-se do outro lado da impressão); escrever nos dois lados da folha de papel; usar embalagens que sejam retornáveis; sacolas de pano para carregar os pães; reaproveitar embalagens para outros fins. São pequenas ações como essas que servem de exemplos para outras pessoas também fazerem o mesmo, e que no final fazem muita diferença para a conservação da natureza.


     Reciclar

    " É uma série de atividades e processos, industriais ou não, que permitem separar, recuperar e transformar os materiais recicláveis componentes dos resíduos sólidos urbanos."

                                                   (Manual de Saneamento- MS)


     Essas atividades têm por objetivo reintroduzir aqueles resíduos(materiais) novamente no ciclo produtivo das empresas produtoras. Existem várias etapas para a reciclagem dos resíduos sólidos.


    1ª) Deve-se realizar a separação e classificação dos mais variados tipos de materiais, entre eles, vidro, papel, plástico, metal;

     2ª) Processamento para tentar unir, juntar ou homogenizar os materiais já separados, com objetivo de obtermos, os fardos, os materiais triturados, bem como produtos que recebam qualquer tipo de beneficiamento;

     3ª) Comercializar os materiais nas suas formas triturada, prensada ou em outro processo de reciclagem;

     4ª) Reaproveitar ou reutilizar os produtos(materiais) nos processos industriais, na composição da matéria-prima ou até como a própria matéria-prima, como exemplo temos o alumínio.

    

     Em futuras matérias iremos descrever os materiais mais reciclados e todo processo de reciclagem dos mesmos.