PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA
( National Park of the Sierra Capybara )
( Reportagem Especial n º 03 )
O Parque da Serra da Capivara fica localizado no Estado do Piauí, próximo ao município de São Raimundo Nonato, a sua área ocupa também terras dos municípios de João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias(área total de 129.140 ha) , tem seu início no período pré-colombiano, ou seja, há 570 milhões de anos atrás, sua formação geológica possui rochas cristalinas, granitos e gnaisses, também mármores são encontrados na faixa de dobramentos Riacho do Pontal. Essas rochas aparecem à frente da Serra da Capivara, formando "ilhas de relevo" que são chamadas inselbergs, os serrotes de calcário têm grande importância na formação de grutas e cavernas, nesses locais são achados vestígios arqueológicos e paleontológicos.
Na região plana da Serra, durante milhares de anos, vem se formando centenas de lagoas (foto nº 01), onde as águas das chuvas são armazenadas, servindo para consumo da população local, além disso abrigam vestígios da megafauna, preguiças-gigantes, mastodontes, e tigres dente-de-sabre.
O clima na região tem temperatura média de 28º C, no mês mais frio, que é junho, a temperatura média de 25º C, máxima 35º C, a mínima de 12º C.
No sopé da Serra da Capivara, temos noites mais frias, a temperatura chega a 10º C. Há transição do clima sub-úmido/ semi-árido que corresponde à zona de passagem entre o Cerrado e a Caatinga situada na área Nordeste do Parque.
Em 1991 iniciaram-se as pesquisas na Serra da Capivara, foram os paleontólogos franceses Dr. Claude Guérin, da Universidade Claude Bernard-Lyon, e a Dra. Martine Faure, da Universidade Lumière-Lyon.
Nas suas pesquisas foram identificadas uma rica fauna de animais viventes e extintos, os mamíferos de grande porte, que são chamados Megafauna, habitaram essa região desde o final do pleistoceno até o começo do holoceno.
No momento atual, o Laboratório de Paleontologia da FUMDHAM ( Fundação Museu do Homem Americano ), vem realizando pesquisas referentes a dois projetos:
_ Evolução e distribuição geográfica da fauna fóssil do Parque Nacional da Serra da Capivara;
_ Projeto de Integração do Rio São Francisco com bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional.
A Megafauna pleistocênica da região do Parque Nacional da Serra da Capivara compõem-se por:
- Preguiças-gigantes ( Megatheriidae Eremotherium );
- Toxodontes ( Toxodontidae ), se assemelham ao hipopótamo, mas não são parentes;
- Gliptodontes ( Glyptodontidae ), nos dias de hoje lembram o tatu;
- Pampatérios ( Pampatherium e Holmesina ), também lembram os tatus de hoje, porém tem tamanho maior que o Gliptodontes;
- Mastodonte ( Stegomastodom Waringi ), tinham uma aparência distante dos atuais elefantes;
- Hippidien principale e Equus neogaeus, o primeiro tem características primitivas, só o segundo nos lembra os atuais cavalos;
- Macrauquênia ( Macrauchenidae ), não possui nenhum análogo atual;
- Lhama ( Paleolama ), tem semelhanças com as atuais lhamas ( Camelidae ), porém seu porte é bem maior que a espécie dos nossos dias;
- Tigre dentes-de-sabre ( Smilodon populator ) é um dos maiores mamíferos já extintos.
Na localidade Toca de Cima dos Pilão, pesquisadores encontraram vestígios ósseos de Smilodon, o que levou a concluir
que esse local era antiga habitação para esses animais.
Foram registrados até o presente no Parque Nacional da Serra da Capivara os seguintes números, 37 espécies de mamíferos não voadores, 24 espécies de morcegos (que são voadores), 207 espécies de aves, 19 de lagartos, 17 de serpentes e 17 de jias e sapos, novas espécies são encontradas com frequência na região.
O processo de formação das camadas arqueológicas neste sítio durou 100.000 anos. As escavações na região começaram em 1978 e levaram 10 anos, foram feitas descobertas dos mais antigos vestígios da presença humana nas Américas, até os dias de hoje, fogueiras estruturadas e grandes variedades de artefatos de pedra lascada.
Os vestígios mais antigos são duas manchas vermelhas datadas de 23.000 anos, existem dois segmentos de reta paralelas que data de 17.000 anos, diversas fíguras que foram pintadas nas paredes, datam de 12.000 e 6.000 anos atrás.
No Sítio do Meio foram encontrados fragmentos de cerâmica mais antigos das Américas, datado de 8.960 anos e, o primeiro artefato americano de pedra lascada, uma machadinha de 9.200 anos.
Na Toca das Moendas, foi encontrado um dente de veado galheiro, datado de 22.000 anos. Pesquisadores encontraram vestígios de povos que viviam em aldeias circulares, entre 3.000 e 1.600 anos. Vestígios de povos agrícolas foram encontrados entre 3.500-3.000 anos atrás, plantava-se basicamente, milho, feijão, cabaça e amendoim.
No Sítio Cana Brava, foi registrada uma ocupação humana por mais de 300 anos, encontraram fogueiras com restos de ossos de animais, sementes e coquinhos queimados.
Na área do Parque, temos tradição nordeste de pintura rupestre, elas são:
Grafismos reconhecíveis ( figuras humanas, animais, plantas e objetos);
Grafismos puros ( que não são identificáveis ).
Devemos lembrar que dentro do Parque só é permitido tirar fotografias, pois é proibido:
- Fazer barulho;
- Jogar lixo fora das lixeiras;
- Fumar;
- Tirar pedras e
- Mudas de plantas e animais do seu lugar e do seu ambiente natural.
Pode-se visitar o Parque com autorização e paga-se uma taxa de 22,00 reais, brasileiros e estrangeiros residentes no país pagam 11,00 reais.
Preserve o que é nosso e visite os Parques Nacionais, todos são de rara beleza.
( Foto nº 01) Créditos: FUMDHAM
O processo de formação das camadas arqueológicas neste sítio durou 100.000 anos. As escavações na região começaram em 1978 e levaram 10 anos, foram feitas descobertas dos mais antigos vestígios da presença humana nas Américas, até os dias de hoje, fogueiras estruturadas e grandes variedades de artefatos de pedra lascada.
Os vestígios mais antigos são duas manchas vermelhas datadas de 23.000 anos, existem dois segmentos de reta paralelas que data de 17.000 anos, diversas fíguras que foram pintadas nas paredes, datam de 12.000 e 6.000 anos atrás.
No Sítio do Meio foram encontrados fragmentos de cerâmica mais antigos das Américas, datado de 8.960 anos e, o primeiro artefato americano de pedra lascada, uma machadinha de 9.200 anos.
Na Toca das Moendas, foi encontrado um dente de veado galheiro, datado de 22.000 anos. Pesquisadores encontraram vestígios de povos que viviam em aldeias circulares, entre 3.000 e 1.600 anos. Vestígios de povos agrícolas foram encontrados entre 3.500-3.000 anos atrás, plantava-se basicamente, milho, feijão, cabaça e amendoim.
No Sítio Cana Brava, foi registrada uma ocupação humana por mais de 300 anos, encontraram fogueiras com restos de ossos de animais, sementes e coquinhos queimados.
Na área do Parque, temos tradição nordeste de pintura rupestre, elas são:
Grafismos reconhecíveis ( figuras humanas, animais, plantas e objetos);
Grafismos puros ( que não são identificáveis ).
Devemos lembrar que dentro do Parque só é permitido tirar fotografias, pois é proibido:
- Fazer barulho;
- Jogar lixo fora das lixeiras;
- Fumar;
- Tirar pedras e
- Mudas de plantas e animais do seu lugar e do seu ambiente natural.
Pode-se visitar o Parque com autorização e paga-se uma taxa de 22,00 reais, brasileiros e estrangeiros residentes no país pagam 11,00 reais.
Preserve o que é nosso e visite os Parques Nacionais, todos são de rara beleza.
( Foto nº 01) Créditos: FUMDHAM
Região plana da Serra, onde encontramos vários lagos.
( Foto n º 02) Créditos: IBGE/FUMDHAM
(Foto nº 03) Créditos: Satélite Landsat
Observamos toda a grandeza do parque.
(Foto nº 04) Créditos: Laboratório de Geoprocessamento
Circuitos Turísticos:
Amarelo: Circuito Turístico Baixão das Mulheres
Vermelho: Circuito Turístico Pedra Furada / Sítio do Meio
(Foto nº 05) Créditos: O Marco Ambiental
Logotipo do Parque com seu símbolo, CAPIVARA.
(Foto nº 06) Créditos: O Marco Ambiental
Placas indicativas no Parque, utilizando desenho rupestre.
(Foto nº 07) Créditos: O Marco Ambiental
A seca chega em algumas áreas do Parque
(Foto nº 08) Créditos: O Marco Ambiental
Próximo ao paredão a vegetação ainda permanece verde.
(Foto nº 09) Créditos: O Marco Ambiental
Presas do Tigre Dente de Sabre
(achado na Toca de Cima dos Pilão)
(Foto nº 10) Créditos: O Marco Ambiental
Placa indicativa sobre Sítio do Meio.
(Foto nº 11) Créditos: O Marco Ambiental
Bloco de rocha que
desmoronou da parte alta do rochedo.
(Foto nº 12) Créditos: O Marco Ambiental
Observe a erosão produzida pelo rio que descia o boqueirão e passava no sopé do rochedo, criando um abrigo natural.
(Foto nº 13) Créditos: O Marco Ambiental
Passarela onde os visitantes podem ver
pinturas rupestres no paredão, bem como abaixo sítio arqueológico já pesquisado.
(Foto nº 14) Créditos: O Marco Ambiental
Os sítios arqueológicos
são bem sinalizados por setas indicativas.
(Foto nº 15) Créditos: O Marco Ambiental
Placa indicativa do
Boqueirão da Pedra
Furada.
(Foto nº 16) Créditos: O Marco Ambiental
Uma das trilhas que levam ao Sítio da Pedra furada.
(Foto nº 17) Créditos: O Marco Ambiental
Sítio Boqueirão da Pedra Furada.
(Foto nº 18) Créditos: O Marco Ambiental
Anfiteatro da Pedra Furada. Local onde se realiza o Festival de Cultura Acordais.
(Foto nº 19) Créditos: O Marco Ambiental
Área do Anfiteatro para acomodar o público.
(Foto nº 20) Créditos: O Marco Ambiental
Desenho símbolo
do Parque.
(Foto nº 21) Créditos: O Marco Ambiental
Pintura rupestre do "beijo"
(Foto nº 22) Créditos: O Marco Ambiental
Sítio arqueológico
já pesquisado.
(Foto nº 23) Créditos: O Marco Ambiental
Passarela para observação dos visitantes, Sítio do Boqueirão da Pedra Furada.
(Foto nº 24) Créditos: O Marco Ambiental
(Foto nº 25) Créditos: O Marco Ambiental
Área bem preservada
de vegetação.
(Foto nº 26) Créditos: O Marco Ambiental
Baixão das Andorinhas I
(Foto n º 27) Créditos : O Marco Ambiental
Baixão das Andorinhas II
(Foto nº 28) Créditos: O Marco Ambiental
Baixão das Andorinhas III
(Foto n º 29) Créditos: O Marco Ambiental
Baixão das Andorinhas IV
(Foto nº 30) Créditos: O Marco Ambiental
Lago Artificial para Dessedentação dos animais em épocas de secas.
(Foto nº 31) Créditos: O Marco Ambiental
Gameleira-Caldeirão da Escuridão I
(Foto nº 32) Créditos: O Marco Ambiental
Raízes da Gameleira-Caldeirão da Escuridão II
Um espécime de símio pertencente ao Parque.
(Foto nº34) Créditos: O Marco Ambiental
Observe o paredão com manchas brancas(caliça)
(Foto nº 35) Créditos: O Marco Ambiental
Essas manchas são carreadas pelas chuvas,
estão degradando os desenhos e pinturas rupestres,
está sendo colocado uma proteção(pingueira) acima dos desenhos.
(Foto n º 36) Créditos: O Marco Ambiental
Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato.
(Foto nº 37) Créditos: O Marco Ambiental
Museu possui infra-estrutura de primeira grandeza, vemos um elevador para cadeirantes.
(Foto nº 38) Créditos: O Marco Ambiental
priodontes giganteus, O Tatu Canastra.
(Foto nº 39) Créditos: O Marco Ambiental
Pedras lascadas(Líticos), análises realizadas pelo Dr. Bonnichessen(Universidade do Texas), constataram que os objetos são de 100.000 mil anos atrás.
Fezes fossilizadas com idade de 3.900 anos
(Foto nº 41) Créditos: O Marco Ambiental
Enterramento Tríplice, esta réplica é de uma pequena sala da gruta onde foram achados três corpos, um de uma criança e dois de adultos. A criança parece ter sido enterrada depois,sua datação de 980anos, os corpos dos adultos até hoje foi impossível datar, pois não existe mais matéria orgânica neles.
(Foto nº 42) Créditos: O Marco Ambiental
Urnas Funerárias
(Foto nº 43) Créditos: O Marco Ambiental
Os visitantes podem fazer pesquisa arqueológica no painel virtual.
(Foto nº 44) Créditos: O Marco Ambiental
Esqueleto Humano (pré-histórico).
(Foto n 45) Créditos: O Marco Ambiental
Eremotherium ( Crânio e Mandíbula) encontrado
na Lagoa do Quari.
(Foto n 46) Créditos: O Marco Ambiental
Uma Arara Vermelha e uma Arara Azul, ficam no restaurante próximo ao Parque Serra da Capivara.
(Foto n 47) Créditos: O Marco Ambiental
Uma representação de um ritual de dança.
(Foto n 48) Créditos: O Marco Ambiental
"Um povo que não conhece seu passado e muito menos preserva-o, não terá futuro".
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OBS: As fotos foram doadas ao arquivo do Blog: O Marco Ambiental por, Alice Izabel e Waldemir Neto(prof. da Univasf).
LinDo .... LinDo...
ResponderExcluirTemos Qe proteger esse Paraiso...