AS ENERGIAS ALTERNATIVAS
(The Alternatives Energies)
ENERGIA DOS VENTOS
(Winds of Energy)
(Matéria nº 02)
A energia eólica ou energia dos ventos, como muitos a conhecem, é utilizada há milhares de anos, assim como a energia hidráulica, a força dos ventos era usada para os cataventos(bombeamento de água) e os moinhos(moagem de grãos), também era utilizada para fins mecânicos. No final do século XIX aconteceram as primeiras tentativas de produzir energia elétrica, entretanto apenas no século XX com o desenvolvimento de novas tecnologias é que os equipamentos se tornaram mais acessíveis aos consumidores.
É tecnicamente aproveitável a energia produzida a 50m de altura, com velocidade entre 7 a 8 m/s e sua densidade seja maior ou igual 500 w/m²( GRUBB, MEYER, 1973), estima-se que o potencial eólico mundial chega a 500.000 Twh(tera watt hora) por ano, apenas 10% desse valor pode ser aproveitado, por restrições socioambientais, que dá cerca de 50.000 Twh o equivalente a quatro vezes o consumo mundial de energia.
Definição das classes de energia por região topográfica
Mata Campo Aberto Z. Costeira
classe Vm(m/s) En(w/m²) Vm(m/s) En(w/m²) Vm(m/s) En
4 > 6 > 200 > 7 > 300 > 8 > 480
3 4,5-6 80-200 6-7 200-300 6,5-8 250-480
2 3-4,5 25-80 4,5-6 80-200 5-6,5 100-250
1 < 3 < 25 < 4,5 < 80 < 5 < 100
Morros Montanhas
classe Vm(m/s) En(w/m²) Vm(m/s) En(w/m²)
4 > 9 > 700 > 11 > 1250
3 7,5-9 380-700 8,5-11 650-1250
2 6-7,5 200-380 7-8,5 300-650
1 < 6 < 200 < 7 < 300
(Fonte: Feitosa, E.A.N et al 2003)
Classe (1) Regiões de baixo potencial eólico;
Classe (2) Regiões onde apenas nas montanhas teremos bom aproveitamento de energia;
Classe (3) Regiões onde teremos aproveitamento de energia na Zona Costeira e Morros;
Classe (4) Regiões onde pode-se aproveitar energia em Campo Aberto, Zona Costeira e Morros.
As turbinas eólicas já foram de várias formas, hoje a mais consagrada tem as seguintes características: três pás, eixo de rotação horizontal, alinhamento ativo, gerador de indução e estrutura não-flexível.
A distribuição da capacidade instalada no mundo da energia eólica e a seguinte:
Alemanha - 35%
Reino Unido - 22%
Estados Unidos - 19%
Espanha - 15%
Dinamarca - 9%
FONTE: Elaborado em dados de
Wind Power Monthly news magazine, 2003.
Centros Eólicos em operação no Brasil até Setembro 2003:
Nome Usina Potência(Kw) Município(UF)
Eólica 75 Fernando de Noronha(PE)
Eólica de Bom Jardim 600 Bom Jardim da Serra(SC)
Eólica F. de Noronha 225 Fernando de Noronha(PE)
Eólica de Prainha 10.000 Aquiraz(CE)
Eólica de Taíba 5.000 São Gonçalo do Amarante(CE)
Eólica Olinda 225 Olinda(PE)
Eólica Elétr. de Palmas 2.500 Palmas(PR)
Eólica Mucuripe 2.400 Fortaleza(CE)
FONTE: ANEEL
Hoje o parque eólico brasileiro tem 59 usinas eólicas em funcionamento, até 2013 deverão entrar em operação 141 usinas eólicas, esses investimentos somam a importância de R$ 16 bilhões, financiados pelo Proinfa(Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica).
O Brasil em função da região Nordeste é o que mais se sobressai no mundo em termos de produção de energia eólica, entenda-se como a região mais promissora no mundo, devido as condições climáticas como: boa velocidade dos ventos; baixa turbulência e uniformidade.
O interessante nesse tipo de matriz energética é que os ventos são mais fortes em períodos de seca, que vai de Junho a setembro, época em que a produção das usinas hidrelétricas podem ter redução na sua capacidade de geração de energia elétrica. Com tecnologia avançada temos capacidade de produzir cerca de 60 mil MW de energia limpa.
Os impactos socioambientais negativos das usinas eólicas são, a poluição sonora(devido a ruídos dos motores), a poluição visual(alterações na paisagem natural) e interferência eletromagnética(podem afetar as comunicações e transmissões de dados), pode ocorrer uma interferência em rotas migratórias de aves(deve-se exigir Eia/Rima, estudos e relatórios de impactos ambientais).
A grande contribuição ambiental da energia eólica é a redução da emissão de gases na atmosfera pela utilização de centrais termoelétricas, diminuir a necessidade de construção dos grandes reservatórios d'água, e reduzir consideravelmente os riscos de apagões pela sazonalidade hidrológica do Brasil.
(Foto nº 01) Créditos: ANEEL
Desenho Esquemático de uma Turbina Eólica Moderna.
(Foto nº 02) Créditos: ANEEL
Aerogerador na Ilha Fernando de Noronha-PE
(Foto nº 03) Créditos: ANEEL
Parque Eólico
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